26.3.08

GUINE-BISSAU MUITO A FRENTE - Primeiro a meter acordo em pratica

Les ressortissants des pays lusophones obtiennent le droit de vote en Guinée-Bissau

Les ressortissants des pays lusophones ont désormais le droit de participer au vote en Guinée-Bissau, a déclaré mardi l’Ambassadeur de la Guinée-Bissau auprès de la Communauté des pays de langue portugaise (Cplp), Apolinario Mendes de Carvalho.

« La ratification par les députés de l’Assemblée nationale populaire du document sur le statut des citoyens lusophones leur offre ainsi le droit de participer au vote tout en contribuant à la libre circulation des biens et des personnes dans l’espace lusophone », a-t-il déclaré

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Chamada de atencao para este paragrafo:

L’application dudit accord risque cependant de poser quelques problèmes pour le Portugal qui est membre de l’Union européenne en raisons des restrictions imposées par Bruxelles aux ressortissants des pays du sud notamment africains pour réduire le flux migratoire vers l’Europe.

Veremos como as brilhantes mentes do Terreiro do Paco descalçarao esta bota. Sera a livre circulacao apenas para quem desce no mapa (da Europa para Africa)?

Jornalista guineense Waldir Araújo lança "Admirável Diamante Bruto"

HOJE NO CENTRO CULTURAL PORTUGUES EM BISSAU

O jornalista guineense Waldir Araújo lançou hoje a sua primeira obra, intitulada "Admirável Diamante Bruto", uma compilação de 14 contos sobre a forma como vê e revê o imaginário da Guiné-Bissau, de onde emigrou para Portugal em 1985.

A obra, lançada na casa Fernando Pessoa, em Lisboa, foi apresentada pelo poeta e jornalista guineense António Soares Lopes (Tony Tcheka) e é prefaciada pelo jovem escritor angolano Ondjaki, que salienta que "Admirável Diamante Bruto e Outros Contos", obra da Livro do Dia Editores, contém "um fino humor e uma séria ironia".

"A retratação social é bem conseguida porque não vai além dos limites da delicadeza e do espaço adequado ao tempo do que é contado. Os malandros refinados passeiam-se por Bissau ou por Lisboa e as cartas de amor fazem uma aparição certeira", sustenta Ondjaki sobre a escrita do autor que é jornalista desde 1996 e está na RDPÁfrica desde 2001.

"Parece-me que nasceu aqui um importante, simpático e arejado livro de contos", defende Ondjaki, destacando os contos em que surgem o "eloquente Admirável Diamante Bruto", nome profissional de um jogador de futebol que sonha em ser reconhecido em todo o mundo, a "requintada Domingas Adianga", o "temível Carlos Nhambréne", o "amoroso Mimito Adão" e o "galego Maurizio Santiago".

23.3.08

TARDES DO ALENTEJO

Tardes da minha terra
Doce encanto
Tardes de uma pureza de açucenas
Tardes de sonho
As tardes de novenas...
(Florbela Espanca)











13.3.08

DO EXILIO

Adormecer em Conakry e acordar em Paris... Afinal foi facil ca chegar. Mais facil que adaptar-se ao ritmo fenetrico desta Europa que corre atras de si propria... Estamos confusos, baralhados... Tudo é tao diferente... Até as torneiras deitam agua!

12.3.08

A CAMINHO DO EXÍLIO

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Que me seja mais fácil chegar lá, que o que foi chegar ao sul da Guiné, onde as feridas das guerras da Libéria e da Serra Leoa ainda estão em carne viva.

Até breve.

GB CONTINUARÁ A DESCER NOS RANKINGS DA LIBERDADE DE IMPRENSA

A prova que as secretas africanas são uma coisa que para nada mais serve que imaginar e (supostamente) prever intentonas/golpes. O resto são atitudes, vícios e acções próprias do tempo da outra senhora, que vestia de vermelho, e que, apesar de morta, permanece em certas cabeças.

Guiné-Bissau: Jornalista ouvido pelos Serviços de Informação do Estado

Guiné-Bissau: Liga dos DH preocupada com liberdade de imprensa no país

La police de Bissau désarmée par le général Tagme Na Wai

AQUI

Peligro de extinción de las tortugas sagradas de Guinea Bissau

AQUI

11.3.08

BRASIL-PORTUGAL: Sólo los divide el idioma

Um texto muito interessante e atual. O conflito linguístico que opõe Portugal e Brasil visto pelos olhos de um espanhol.

COMPANHIAS AÉREAS "ATACAM" ÁFRICA

O mercado "África", no sector da aeronáutica, afinal mexe. Seja em negócios ou lazer há quem venha até cá.

A Lufthansa anunciou esta semana o aumento dos vôos para todo o mundo e África em particular. Uma boa novidade para os angolanos, que contarão agora com mais uma alternativa entre Luanda e a Europa. A TAP seguiu o exemplo. Oxalá os indecentes preços praticados entre a Europa e África venham a baixar.

UN MONDE A DECOUVRIR

Admito a lusofonia enquanto espaço cultural, espontâneo, que tem em comum uma mesma língua, falada, escutada, lida, em suma, utilizada. Admito a lusofonia enquanto espaço de referentes comuns, como, por exemplo, o desporto. Não concordo, no entanto, com a recorrente utilização de uma instituição popular (a língua) com fins políticos e estratégicos. Em África isso é recorrente por parte das antigas potências colonizadoras.

Para Portugal a Guiné-Bissau é o melhor exemplo do que acabo de falar. Constantemente “ameaçado” (segundo Portugal, o auto-denominado “dono” da lusofonia”) pela francofonia, a “Guiné Portuguesa” é território a proteger. Em meia dúzia de décadas de presença (efectiva) lusa no território, nunca os bissau-guineenses tiveram oportunidade de aprender o português. No pós-independência a mesma coisa. Só agora a aposta no ensino da língua surge como linha forte da cooperação do Estado português junto do Estado guineense. Uma aposta tardia e por receio. Receio que a francofonia ganhasse terreno no “nosso” (deles) território (assim se compreende porque puxa Portugal para o seu lado bissau-guineenses de formação e pensamento marcadamente francófonos).

Defender a língua portuguesa na Guiné-Bissau tem tanta validade como defender qualquer outra. No entanto, os defensores da lusofonia apresentam, desde logo, a estatística, dizendo que a língua portuguesa tem entre 180 e 200 milhões de falantes no mundo (os habitantes dos 8 países da CPLP mais os de Macau, Goa, Damão e Diu) e que isso, só por si, oferece garantias aos luso-falantes. Não há mentira mais pura. Se um nhanja do Niassa, Moçambique, ou um balanta do Oio, Guiné-Bissau, aprende as primeiras palavras de português aos 10 anos e apenas as utiliza nos muros da escola (quando regressa a casa fala nhanja, balanta ou crioulo) pode este indivíduo ser contabilizado como lusófono? Então também hoje, e aqui, me assumo francófono, pois todos os dias lido com o francês. E anglófono, porque de quando em quando falo inglês. E até germanófilo, pois dou uns pontapés na dificílima gramática alemã… (da mesma forma que os bissau-guineenses, em geral (pois há quem o fale melhor que eu), dão uns pontapés no português).

Creio que defenderia melhor os interesses da Guiné-Bissau um sistema de ensino (e um sistema político) que valorizasse o crioulo, como factor, por exemplo, de atenuação das clivagens étnicas. E, depois, algo de novo, que fizesse os guineenses ver mais além, algo que pusesse fim ao passado, que terminasse com o status quo instalado.

Não defendo a crioulização da Guiné-Bissau. O crioulo fecha os bissau-guineenses sobre si, impedindo-os de se abrir ao mundo (as fronteira do crioulo estendem-se a Ziguinchor e Cabo Verde, pas plus). Defendo, antes, uma ruptura com o passado. Já que o pouco que foi/está feito não funcionou, que se tente algo de novo. A francofonia afigura-se-me como o único espaço capaz de ajudar os guineenses a olhar mais além. Por razões muito pragmáticas. Quando passam a fronteira é “bonjour” que dizem. E do lado de lá, c’est tout un monde à découvrir… Ir ao Brasil, a Angola ou, até mesmo, a Portugal, é mais distante, demora mais tempo, custa mais dinheiro e não oferece tantas garantias.

PS: Não porei os pés tão cedo em Bissau senão queimam-me vivo. Não os amáveis e respeitadores bissau-guineenses, mas os fundamentalistas da lusofonia.

10.3.08

UNIVERSIDADE COLINAS DO BOÉ INTERNACIONALIZA-SE

Alumnos de Portugal y Guinea Bissau permanecerán en Badajoz completando el primer curso de su doctorado

Parabéns a Fafali Koudawo e Uco Monteiro, mentores da UCB, que sonharam com um projecto que poucos acreditaram que fosse tão longe.

3.3.08

AINDA A NOTÍCIA DO GUINEA-FORUM

Não há mesmo militares Bissau-guineenses em Conakry. Pelo menos que tenham cruzado a fronteira nos últimos dias/semanas. No entanto, a notícia do Guinea-Forum, que tanta polémica provocou, pode muito bem basear-se em movimentações militares recentes entre os dois países.

Fontes militares colocadas de ambos os lados da fronteira de Kandika/Buruntuma, entre as duas guinés, confirmam a entrada, há "alguns dias", de um camião do exército de Lansana Conte em território Bissau-guineense. De acordo com as mesmas fontes o camião transportava armamento e fardamentos.

A acção pode ser enquadrada de duas formas: pura cooperação militar entre dois países amigos; ou envio de armas e, sobretudo, fardamentos para uma entrada discreta e imperceptível de militares bissau-guineenses em território guineense, numa eventual acção de apoio a Lansana Conté.

SUPER MAMA DJOMBO ESTÃO DE VOLTA

Fizeram história nos idos 70 e 80 e agora regressam, com novas vozes e novas ideias. A apresentação do novo álbum – Super Mama Djombo na Islândia, Ar Puro – está marcada para o dia 8 de Março, no Bissau Palace Hotel.

Da formação inicial, se não me engano, restam 3 elementos (Luís Taborda, Zé Manel e Atchutchi) o resto são surpresas, boas surpresas.

Africanidades foi ouvir Atchutchi - o maestro da banda - no início de um ensaio, numa garagem de Bissau. Os acordes que escutámos fazem antever um álbum à boa maneira Mama Djombo. Super!



Atchutchi explica como surgiu ideia do álbum


Atchutchi apresenta álbum

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Nova formação Super Mama Djombo

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Zé Manel em acção

BISSAU A FERVER (culturalmente falando)

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Habib Koité no Centro Cultural franco-bissau-guineense

Os últimos dias e os que se avizinham colocaram/colocarão Bissau a ferver em termos culturais.

- Habib Koité, um dos grandes nomes da música maliana, passou pelo Centro Cultural Francês.

- A guerra da independência/ultramar debate-se esta semana, no Simpósio Internacional de Guiledje.

- Os Super Mama Djombo lançam novo álbum.

Somam-se a estes eventos os lançamentos dos álbuns de Dulce Neves e Justino Delgado, há umas semanas e outros eventos que certamente nos escaparam.

Seria óptimo que tanta vida cultural ajudasse a criar um ponto de ruptura com o passado…

1.3.08

E AGORA?

A pergunta é cíclica. Cada vez que os filamentos das lâmpadas da precária estabilidade política guineense dão um fiozinho (ténue, muito ténue repito) de luz, surge uma nova crise. Os apoios que FMI, ONU, Portugal, etc. prometeram ficam comprometidos. E agora?

PAIGC retira confiança política ao PM Martinho N`Dafa Cabi, nomeado pelo partido

Presidência não reage ao PAIGC, PM Martinho N`Dafa Cabi ausente do país

Cenários decorrentes da retirada de confiança política pelo PAIGC ao PM