É uma cidade repressiva, onde cada estrangeiro é um alvo e cada máquina fotográfica um inimigo. Quem és? Donde vens? Para onde vais? Fazer o quê? Com quem? Porquê? Com que objectivo?
O espírito comunista paira (ainda) no ar. E nas ruas também. Nalgumas há mais polícias, gendarmes, militares (com diferentes variantes), guardas de alfandega, guardas comunais e afins que peões e trânsito. Desculpem a ausência de fotos.
Bissau levou parênteses (doces e doloridos) por agora. Estou contente por deixar a lusofonia. Essa coisa que, para mim, é nada mais que a as palavras que escrevo, o fado e o cante que oiço, a poesia que leio e o desporto com que vibro. Depois de Moçambique e Guiné-Bissau é um privilégio poder viver noutro país, onde se fala e escreve outra língua. Saudades? Só da palavra “amo-te”, segredada ao ouvido em português perfeito. De resto, tudo me parece melhor: a mesma falta de energia, as mesmas toneladas de imundície nas ruas, o mesmo desespero com a Internet…
É (será) daqui que vos escrevo (escreverei) nos próximos tempos. E dos arredores também. À bientôt.
6.10.07
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3 comentários:
Boa sorte para esta nova fase mais francófona, portanto :-) mas ali bem perto da lusofonia, com Cantanhez ao norte para matar saudades e sentir a pacatez das gentes do sul da Guiné-Bissau e a tranquilidade que a paisagem transmite :-)
Estamos à espera das fotografias!
Uma boa estadia por terras de Sekou Touré e que seja mais uma etapa na bela aprendizagem da vida.
Kandandu
Eugénio Almeida
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