27.9.07

BOA GOVERNAÇÃO EM ÁFRICA

O ranking é da Fundação Mo Ibrahim e nele se pode ver quem governa bem e quem é corrupto. Destaque para o 4º lugar de Cabo Verde e para os últimos lugares da tabela para a Guiné-Bissau ladeada por países como a Somália, o Chade ou a Libéria.

LER AQUI

O PAÍS TUAREGUE

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BANDEIRA

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MAPA

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FICHA

Acho graça aos movimentos independentistas. Não pelas acções que empreendem, em geral violentas (essas condeno-as veementemente), mas pelo lado anárquico que trazem ao nosso mundo cada vez mais "organizadinho". O Homem quer cada vez mais controlar o Homem, mas felizmente ainda há homens quem têm uma réstia de liberdade e rebeldia para provar a outros Homens que nem tudo se controla. Os tuaregues são um bom exemplo disso.

Leio na net que um novo país acaba de nascer. Trata-se do Tumoujgha, "País Tuaregue"(V. site oficial), situado ali pelo norte do Mali e do Niger. Inteligente, o auto-proclamado chefe de Estado, fez a coisa de forma a que as suas fronteiras não entrassem dentro da Líbya e da Argélia, não fosse a mostarda chegar aos narizes dos tios Khadafi e Bouteflika.

Olhando para isto, regressa-me ao pensamento a velha ideia de criar a República Democrática do Alentejo. Já a abordei em tempos, num blogue alentejano, mas fui violentamente censurado pelos companheiros de escrita da altura. Se os tuaregues criam um país de dunas e camelos, não podemos nós criar um de bolotas e azinheiras?


ADENDA: Duas informações complementares. 1 - O exército norte-americano anda pelo Mali. Um dos seus aviões foi alvejado pelos tuaregues, aparentemente sem sucesso, numa operação de entrega de alimentos ao exército mailano. 2 - No Niger, parece que Agadez saltou fora dos cartazes turísticos, o que é pena.

AFRICA COMEÇA EM LISBOA

Há dois dias, passando por Dacar, em conversa de circustância sobre a TAP e os vôos que naquela cidade aterram provenientes de Lisboa (invariavelmente atrasados) alguém me dizia:

- É que além dos atrasos, a TAP perde imensas malas. Ainda na semana passada um colega meu ficou sem a dele e na anterior uma outra foi violada.

Envergonhado, lá tive que dizer à pessoas que o problema não era nosso, portugueses, era deles, europeus, que pensavam que Portugal ainda era Europa, quando afinal já era África. A fronteira de África, pelo menos a fronteira dos seus aspectos negativos (irresponsabilidade, despotismo, roubos e corrupção) não começa em Marrocos, mas um pouco mais acima, em Lisboa. Querem uma prova do que digo?

AQUI que as coisas não andam famosas no aeroporto de Lisboa

25.9.07

O ÚLTIMO ADEUS

Vista do ar, Lisboa tem um ar desgraçado e infeliz. Nem o sol brilhante e baixo, de fim de Setembro, desfaz a melancolia que invade cada recanto da cidade onde sou estrangeiro. O pó eleva-se no ar, cinzento de luto. É Outono e Lisboa exibe-se desconsolada e submissa, aguardando que o Inverno a refresque e lave de novo.

A hora da partida chegou. Na bagagem de mão não levo saudade nem marcas. Entrego-as todas antes de partir. Até o bacalhau, desta vez, ficou de fora. Não cabia. Creio (tenho a certeza) que não lhe vou sentir a falta. África. Cá vamos nós outra vez. É bom, muito bom, tornar a partir.

O ANÚNCIO

Assim combate a Europa a imigração clandestina. Ignóbil. Básico. Estúpido.

NOTÍCIA E VÍDEO

FOI UM GUINEENSE QUE DISSE

No Reporter, da RTP-África, por ocasião dos 34 anos da independência, assinalados a 24 de Setembro, respondendo à questão:

- O que mudou com a independência?

Um guineense disse que:

- O que mudou foi a cor do colonizador. Passámos de um colonizador branco, para um colonizador preto. De resto tudo igual!

Foi um guineense que disse.

24.9.07

PRAÇA DO GERALDO

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A Praça é, para eles, o centro do mundo. Chegam com as sombras compridas da manhã. Sonolentos e sorrateiros. Um de cada vez, como bailarinos ensaiados. Serenos. De mansinho para não acordar de forma brusca nem o granito nem a cal que despertam aos estalidos com os primeiros raios de sol.

Sentados nos bancos ou de pé, encostados aos arcos, os velhos da Praça discutem o mundo. O dos outros e o deles também. Bush é bandido. Os africanos morrem de fome, de sede e afogados. Coitados... O presidente da câmara fez mais uma asneira. E o da junta casou outra vez. O Benfica perdeu. E o Lusitano empatou.

De cara baixa olham as pedras. Cospem os anos e a velhice para a calçada. Limpam os lábios mirrados a um lenço escangalhado. E tentam desafiar – em velhos – a morte, como em novos desafiaram miséria e touros. Vão pegando de caras as tábuas de pinho envernizado, que nunca se viveu o suficiente para morrer em paz. E resistem ao fim, procurando força nas pernas e nos decotes das turistas que passam enfeitadas de calor e charme.

A navalha ceifeira no bolso defende a honra e corta o alimento. O martelo não faz falta. Paira por perto, no cartaz defronte. O partido já não é o que era e eles – afinal – também não. A desilusão tem um slogan: “Maganos dos comunistas!”

Quando o sol escala o céu, a sombra diminui a seus pés. O êxtase esvai-se, tal como as “belas” turistas que fogem ao calor. A extinção da espécie chega com o fim da manhã, quando por fim morrem os últimos pedaços de sombra e todos os velhos abalam. Os dois que restam hão-de exclamar um para o outro, apoquentados:

- O último a partir não tem quem o tape.

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21.9.07

VENS TU, NÃO VÊM ELES!

Custa perceber porque perde a diplomacia portuguesa tanto tempo a discutir coisas que não têm discussão. Mugabe não pode, não tem que entrar em Portugal. Ponto final.

E se outros presidentes africanos boicotarem a cimeira Europa-África por este motivo, problema seu! Serão eles a ficar manchados com o sangue que Mugabe espalha pelo seu belíssimo país, hoje em ruínas. E antes eles sujos que nós. Não tem discussão. Porque se perdem minutos com isto, em vez de se falar dos verdadeiros problemas de África e de que forma a Europa pode (realmente) ajudar?

Custa-me ver a sociedade civil europeia (e portuguesa em particular) impávida face à possibilidade de ter em seu território bandidos sanguinários. Serão mais: Eduardo dos Santos, Angola, Theodoro Obiang Nguema, Guiné-Equatorial (esse assassino recebido de braços abertos pela lusofonia!) and so on... Será que ninguém pensa nisso? A mim tira-me o sono e, caso esses senhores venham, sintirei vergonha. Já pensei juntar alguns amigos para, durante a sua passagem, lhes fazermos "aquilo" que eles fazem ao seu povo. Mas em Portugal "isso" seria crime e depois teríamos problemas com a justiça. Eles não!

20.9.07

“HOTÉIS” DE LUXO

Confesso que as primeiras noites custam um pouco. Adormecer no meio do nada, sem televisão que nos distraia e sem energia que nos ilumine os medos, não é fácil. Do outro lado da janela, cada pequeno ruído é uma revolução, o apocalipse. O inofensivo gato que passa vira leão faminto. O mosquito malcriado, um dinossauro voador esganado de fome. Com o tempo aprende-se a amar tudo isto e dormir aqui passa a ser uma das melhores coisas do mundo. Relatos de noites que não se esquecem.

Nos melhores "hotéis" do mundo não há vidros duplos a limitar o ruído exterior, apenas uma ordinária cortina e uma rede mosquiteira. Não há sabonetes bonitos e toalhas cheirosas. Nem estrelas classificativas; apenas aquelas que se vêem da janela, ou mais raro, por alguma fresta do telhado a pedir remendo. Os melhores hotéis do mundo ficam em África, nas aldeias distantes de tudo, onde apenas chegam três tipos de gente: os que lá habitam, os missionários e os loucos de costas rijas que aguentem os buracos da picada.

Nestes hotéis, o verdadeiro luxo é ter um balde com água limpa, para lavar o corpo e refrescar a alma. E uma rede em torno da cama, que nos faça rir dos mosquitos que zombem lá fora. Tudo isto!

Ando desde Junho pela Europa, dormindo em camas 3 estrelas de lençóis alvos e chocolate na almofada. Em nenhum deles este “hippie higienizado” (de cabelo curto, que não fuma droga e é católico) encontrou o que existe nas missões espalhadas por África: uma singeleza aparatosa. Um luxo despojado de tudo. Casas construídas por gente que descobriu que o melhor ar-condicionado é a corrente de ar. Nos dias em que a humidade e o calor tiram a vontade de viver, abrem-se duas janelas e instala-se a cama bem no meio. A brisa transforma o mais quente, ensopado e insuportável serão africano na mais amena das madrugadas.

Vem-me hoje à lembrança, enquanto teclo num desses quartos de hotel europeu, as dezenas de dormidas acumuladas no silêncio desinquieto de África. Sempre igual, a “noite” começa com o desligar do gerador. No exacto momento em que o tam-tam-tam matemático e gasólico se apaga, o tam-tam-tam dos tambores toma conta das trevas, como que iluminando-as. E, então, a escura e sofrida noite transforma-se em festa. Dos ratos que dançam nos entre-forros da casa, das hienas que riem ao longe e dos triliões de cigarras que nos embalam os sonhos!


NOTA A EVENTUAIS VIAJANTES: as missões (católicas ou outras) no geral não recebem turistas. Assim, não convém aparecer sem antes haver sido feito um contacto prévio. Naturalmente que em caso de necessidade são sempre um porto seguro, onde buscar ajuda.

10.9.07

MARROCOS? NÃO, PORTUGAL! (sem querer ofender os marroquinos)

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Imagine, caro leitor, um pequeno aeroporto. Limpo é certo, funcional q.b. e arejado. Agora imagine-se vindo de Oslo – desse “primeiro mundo” metódico e funcional. Aterra nesse aeroporto e a primeira imagem que retém – dizem muitos, uma das imagens mais importantes para quem é turista – é a seguinte:

Homens, muito homens, muitos muitos homens… portando na mão cartazes de agências turísticas, hotéis, pensões e casas particulares. Até aqui nada de mal. Acrescente agora à sua imagem, que muitos desses cartazes estão escritos à mão, com caracteres que um português teria dificuldade em ler… imagine um norueguês! Junte-lhe ainda o facto de muitos desses “muitos muitos homens” estarem sentados nos caddies de bagagens, de pernas abertas. Coloque em cima disso que, à medida que seguram nos cartazes, esses “muitos muitos homens” coçam os genitais para entreter o tempo. Adicione, por fim, uns comentários porcos sobre as “bifas” que passam.

Não reparará o querido leitor, se um ou outro tem palito no canto da boca, porque nessa altura estará tão enojado que apenas quererá sair dali para fora o mais rápido possível! Mas, imagine ainda que quando sai do aeroporto se depara com dois polícias de apito na boca, gesticulando, crentes que quanto mais apitarem e mais gesticularem mais depressa o trânsito fluirá. Face a esta imagem, onde pensará o amigo leitor que chegou?

Marrocos, não é? Eu pensei o mesmo. Após aterrar em Faro, em plena estação alta, com o aeroporto apinhado de ingleses e noruegueses, pensei que algum grupo terrorista tinha desviado o avião para o norte de África. Só tive mesmo a certeza de estar na minha terra, que não meu país (esse é o ALentejo), quando ouvi, em português perfeito, da boca de um desses “muitos muitos senhores” que esperam os turistas coçando o que Deus lhes deu:

- É boa! Queres ver a verdadeira beleza do Algarve!


EPÍLOGO: Gosto muito de Marrocos. De verdade. Um país muito bonito, onde me sinto bem tratado. Nunca lá vi um cenário destes. A comparação foi uma mera liberdade de escrita (outras haveriam).

7.9.07

O OPERADOR DE CINEMA

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Em Bafatá, a mais romântica das cidades guineenses, há um homem que se diz “operador de cinema”. Já não há ali sessões, mas o operador permanece, à espera do dia em que possa voltar a desempenhar a sua profissão.

O velho mandinga, de nome impronunciável anotado num bloco perdido dias depois, é hoje o guarda do salão do Sporting Clube de Bafatá. Desconsolado com o cargo que ocupa, o homem agarra na mão de quem lhe pergunta o que faz. Leva-o escadas acima e prova-lhe, com factos, que ele é um verdadeiro operador de cinema. No alto do salão do Sporting Clube de Bafatá, numa sala pequena e escura, que tresanda a bafio e nostalgia estão os dois projectores que o velho mandinga operou em tempos.

Com a mão do visitante presa na sua o homem explica como funcionavam as máquinas. Fala no presente, como se às ordens dos seus dedos vá corresponder um movimento dos mecanismos corroídos pela ferrugem.

- Aqui liga-se a lâmpada e aqui desliga-se. Aqui mete-se a bobine. Se ela encravar temos que carregar neste botão. Aqui puxamos a bobine para trás, quando o filme chegar ao...

A frase, tal como o filme acabado de projectar, não chega ao fim. A mão do velho mandinga desprende-se para limpar uma lágrima.

- Eu construí tudo isto, sabe? Entrei aqui como servente. Fui eu que capinei o mato antes de se fazerem as paredes desta casa.

Comove-se de novo, limpa as lágrimas e torna a agarrar-me na mão.

- Venha ver…

No exterior da sala mostra-me o edifício-sede do clube, cujo telhado serve hoje de chão ao capim. E o ringue de jogo, onde já não se joga. De mão dada, vamos depois pelas ruas de Bafatá, sentir o cheiro que tem – e de que é feita – a saudade no pensamento de um africano.

A Bafatá de hoje é, tal como os filmes projectados em tempos no Sporting, uma realidade a preto e branco: graciosa mas tristonha ao mesmo tempo. Uma comédia para chorar. Todos fugiram da cidade, até as pedras da calcada, um dia alinhadas sobre a terra vermelha que hoje se mostra desavergonhada a quem passa. Ficaram meia dúzia de pedras, como algumas pessoas (mais que meia dúzia) ficaram também, para perpetuar na memória do mundo e dos homens que ali já viveu gente. Muita gente.

Embrulho a nostalgia do operador de cinema numa uarga de adeus bebida em conjunto. Parto, sereno, muito mais que ele, e prometo a mim mesmo voltar um dia, com um computador portátil, um projector digital e um gerador, para mostrar ao velho mandinga como são projectados os filmes de hoje.

WADE TAMBÉM QUER O TGV

Há uns anos, quando o debate do TGV (combio de alta velocidade) começou em Portugal, todos os autarcas queriam uma paragem do dito na sua terra. Hoje, ao ler ESTA NOTÍCIA, por momentos pensei que Abdulai Wade, distinto presidente do Senegal, tinha virado presidente da junta de freguesia de Alguidares de Cima. Se o homem, tal como os nossos autarca, se concentrasse em tornar mais eficaz o que tem, neste caso o comboio Dacar-Bamako...

5.9.07

Debater muito mais que a guerra!

Tera lugar em Bissau de 1 a 7 de Marco um Simpósio Internacional dedicado a Guiledje, o aquartelamento mais famoso da guerra colonial da Guiné-Bissau.

Para os interessados, fica o programa, ainda provisorio e por nós encurtado (deixamos apenas as conferencias e conferencistas).

De 1 a 3 de Marco - viagem de terreno a Guiledje e ao sul da Guiné-Bissau

Dia 4 de Março
08:30 H – 10:00 H – Sessão solene de Abertura

Painel 1

Guiledje e a Guerra Colonial/Guerra de Libertação

Moderador: João José Monteiro (Universidade Colinas de Boé)

10:20 H – 11:00 H – Leopoldo Amado (historiador guineense) – Génese e evolução do sentido estratégico-militar do corredor de Guiledje no contexto da guerra de libertação nacional.

11:00 H – 11:40 H – Agnelo Dantas (caboverdiano, ex-comandante militar do PAIGC) e Manuel dos Santos (caboverdiano, ex-comandante militar do PAIGC) – Amílcar Cabral e a componente militar do PAIGC: achegas para a compreensão dos meandros estratégicos e tácticos da guerra de libertação nacional.

14:40 H – 15:20 H – Alfredo Caldeira, Fundação “Mário Soares” – A operação “Maimuna” no Arquivo Amílcar Cabral.

15:20 H – 17:00 H – Carlos Matos Gomes – (Coronel do Exército Português) – A Guerra Colonial e a estratégia do Exército português no corredor de Guiledje. Nota: por confirmar

17:00 H – 17:40 H – Sandji Fati (Tenente-Coronel do Exército da Guiné-Bissau) – Subsídios para a História Militar da guerra de libertação no sul da Guiné-Bissau. Nota: por confirmar

17:40 - 18:40 H – Eduardo Costa Dias (Professor Titular do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e Empresas - ISCTE, Portugal) – O papel e a influência recíprocas das dinâmicas socio-políticas e institucional-religiosa da África Ocidental na emergência do movimento de libertação nacional: o caso do PAIGC na Guiné-Bissau.

Dia 5 de Março

Painel 2

Guerra Colonial/luta de libertação nacional: problematização conceptual, contextualização histórica e importância historiográfica. Moderador: Leopoldo Amado

09:00 H – 09:40 H – João Medina (Professor Catedrático da Universidade de Lisboa) – O lugar e o papel da guerra colonial na historiografia Contemporânea Portuguesa: tendências e perspectivas.

09:40H – 10:20 H – Josep Sánchez Cervelló (Professor Titular de História Contemporânea da Universidade Rovira I Virgili de Tarragona, Espanha) – A relação dialéctica entre o PAIGC e o MFA e o seu papel na caída do Estado Novo Português.

10:20 H – 11:00 H – Leonardo Cardoso (historiador guineense, INEP) – Alcance histórico de “Guiledje” no contexto geral da luta de libertação Nacional e independência da Guiné-Bissau.

11:00 H – 11:40 H – Julinho de Carvalho (caboverdiano, ex-comandante militar do PAIGC) – A importância estratégica de Guiledje no contexto geral da manobra militar do PAIGC e do Exército português na Guiné.


11:40 H- 12:20 H – Coutinho Lima, (Coronel do Exército Português na reserva e ex-comandante do COP 5) – Factos e condicionalismos relativos à evacuação pelo Exército português do aquartelamento de Guiledje.

Painel 3

O pós-Guiledje: efeitos, consequências e implicações político-militares do assalto ao aquartelamento. Moderador: Mamadú Djau (Director do INEP)

15:00 H – 15:40 H – Luís Moita (Professor Catedrático e Vice-Reitor da Universidade Autónoma de Lisboa) – Fundamentos e originalidade táctico-estratégicos da acção político-militar de Amílcar Cabral e do PAIGC no contexto dos movimentos de libertação do Terceiro Mundo.

15:40 H – 16:20 H – Óscar Oramas (Ex-embaixador de Cuba na República da Guiné-Conakry) – Contribuição e participação cubana na luta de libertação nacional da Guiné-Bissau: dados, números e factos.

16:20 H – 17:00 H – Nuno Rubim (Coronel e ex-combatente português no aquartelamento de Guiledje) – A batalha de Guiledje: uma tentativa de reconstituição histórica em dioramas.

17:00 H – 17:40 H – Luís Graça (Doutorado em Sociologia/Saúde Pública e dinamizador do maior site dos antigos combatentes portugueses da Guiné) – Cerco de Guiledje: a experiência traumática vivenciada a partir do Quartel de Guiledje.

Dia 6 de Março

Painel 4

Guiledje: Factos, Lições e Ilações (depoimentos e testemunhos de elementos da população, dignitários, testemunhos presenciais, régulos, ex-combatentes do PAIGC e ex-combatentes africanos do Exército português) Moderadora: Isabel Buscardine (Ministra dos Combatentes da Liberdade da Patria)

Painel 5

As Iniciativa de Cantanhez e de Guiledje na óptica do desenvolvimento económico e social e sua correlação com o imperativo da salvaguarda da memória histórica da guerra. Moderador: Nelson Dias (UICN)

15:00 H – 15:40 H – Carlos Schwarz Silva (guineense, agrónomo, Director Executivo AD) e José Filipe Fonseca (guineense, agrónomo) – O desenvolvimento económico e social na zona de Guiledje: AD e dinâmicas de participação e organização comunitárias.

15:40 H – 16:20 H – Tomane Camará (AD) – (guineense, agrónomo, Director de Programas da AD) – Evolução das características ecológicas da zona de Guiledje: antes, durante e depois da guerra.

16:20 H – 17:00 H – Alfredo Simão da Silva (guineense, Director do Instituto de Biodiversidade e Áreas Protegidas - IBAP) – Imperativos de Desenvolvimento Sustentável e da Conservação da Natureza: Princípios e práticas no caso de Cantanhez

17:00 H – 17:40 H – Huco Monteiro (sociólogo, Universidade Colinas de Boé), A intensa guerra de que o Sul da Guiné-Bissau foi alvo explica o seu ténue desenvolvimento relativamente às outras regiões do país?

Dia 7 de Março

10:00 H – 11:30 H – Sessão solene de Encerramento

ÁFRICA FORA... PEDALANDO

Curiosidade 1: O senegal tem uma "Volta ao Senegal em Bicicleta". Link para o TOUR DU SENEGAL.

Curiosidade 2: As duas primeiras etapas correram-se em Marrocos.

Curiosidade 3: As equipas europeias dominam, mas também há equipas africanas a (con)correr.

4.9.07

TAP - Take Another Plane

Uma risota, esta companhia, que temos que aturar, nós clientes de segunda, só porque provimos (ou vamos) de (para) Bissau.

Um bilhete prémio (desses que se ganham depois de muito voar na companhia - a lógica do "dá-me um porco e eu ofereço-te um presunto") tem que ser marcado com oito meses de antecedência!!! Ou seja, já só há bilhetes prémio na linha de Bissau para Abril do ano que vem.

Bem pode a administração tentar amansar estes clientes com palavras doces em cartas bonitas (refiro-me à resposta ao abaixo assinado de há uns meses). Factos são factos:

- um bilhete emitido em Bissau custa mais 50 euros que um bilhete emitido noutro lado, pelo simples facto de... ser impresso em Bissau!

- o check in faz-se seis horas antes do vôo e não duas, como é normal em todo o mundo. Porque se perde meio dia de trabalho, cada vez que se viaja? Porque se trata de Bissau!

- os preços são o resultado do despotismo de uma companhia sem concorrência na referida linha. É Bissau!

- as malas continuam a ficar pelo caminho (serão aventadas pela porta ali no Sahara?!)

A sorte da TAP, é que não há mesmo "other planes" em Bissau (só os da droga, mas esses já levam carga que chegue). Por isso temos que nos conformar com os preços altos, mas acima de tudo com a falta de honestidade.

ESTUDOS

Sobre o "cocktail" (a diversos níveis) que é a Africa Ocidental

Sobre o comportamento da comunidade internacional face ao conflito no Sahara Ocidental

Sobre a presença e a influência chinesa em África e os limites dessa mesma influência

O ponto de vista é norte-americano.

Autoridades da Guiné-Bissau impedem Calvão de sair do país

O empresário Alpoim Calvão foi impedido, na sexta-feira, de sair da Guiné-Bissau e está sujeito a termo de identidade e residência por alegado envolvimento no desaparecimento de uma estátua na ilha de Bolama, disse ontem à Lusa a Polícia Judiciária guineense.

A estátua em bronze do antigo presidente norte-americano Ulysses Grant foi erguida em Bolama, no arquipélago dos Bijagós, em memória do papel decisivo que o antigo presidente dos Estados Unidos teve no desfecho do diferendo entre Lisboa e Londres sobre a ilha guineense.

O desaparecimento da estátua da ilha de Bolama foi denunciado em meados de Agosto por um cidadão anónimo, tendo o caso sido entregue à Polícia Judiciária da Guiné-Bissau.

"As investigações ocorreram na sequência de uma denúncia", afirmou um inspector da Polícia Judiciária guineense, acrescentando que a estátua foi encontrada enterrada num buraco.

"Há nacionais e estrangeiros envolvidos, nomeadamente Alpoim Calvão", sublinhou.

Segundo o inspector, o empresário português já foi ouvido e reconheceu que a sua empresa de sucata comprou uma parte da estátua.

"Ficou com termo de identidade e residência até o caso ser esclarecido", afirmou.

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