13.1.07

Autoridades impedem manifestação contra insegurança no país

Notícia LUSA

Várias organizações da sociedade civil da Guiné -Bissau foram hoje impedidas de realizar um manifesto nas ruas de Bissau para al ertar contra a insegurança no país e apelar ao Presidente guineense para tomar m edidas que ponham fim aquela situação.

"Foi um atentado contra a democracia, os Estados de Direito democrático s e ao povo da Guiné-Bissau", disse o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins.

Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de uma autorização pa ra realizar o manifesto, Luís Vaz Martins afirmou que não foi pedida "autorizaçã o, porque a lei não obriga".

"Apenas mandámos uma nota a avisar para a manifestação contra a insegur ança", acrescentou.

Apesar de impedida a manifestação, os representantes das organizações d a sociedade civil entregaram na sede da ONU em Bissau um manifesto onde é referi da a existência de assaltos com armas de guerra, assassínios e violações físicas , actos de ilegalidade cometidos pelas autoridades públicas, tráfico de droga, f alta de justiça e ausência de diálogo entre actores políticos.

"O país vai mal e pode desmoronar a qualquer momento. Compete-nos reagi r e alertar para esta grave tendência, apesar de haver vozes discordantes", refe re o manifesto.

O documento apela igualmente ao Presidente da Guiné-Bissau, João Bernar do "Nino" Vieira, para que "assuma as suas responsabilidade tomando medidas nece ssárias que visem pôr fim à situação vigente".

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