Notícia LUSA
O governo guineense considerou hoje estranhas a s declarações proferidas pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros por tuguês sobre um plano de contingência para eventual retirada de cidadãos portugu eses da Guiné-Bissau.
"Foi com certa estranheza que o governo tomou conhecimento do teor da d eclaração produzida, a partir da Índia, pelo secretário de Estado português", Jo ão Gomes Cravinho, refere um comunicado enviado à Lusa pelo ministro da Presidên cia e da Comunicação Social e Assuntos Parlamentares, Rui Diã de Sousa.
A declaração, "para além de transmitir uma imagem negativa do nosso país, por não corresponder à situação vigente, está na lógica de acções que num pas sado recente contribuíram para criar um clima propício à desestabilização da Gui né-Bissau", sublinha o ministro guineense no documento, datado de sexta-feira.
Na quinta-feira, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português garantiu estar a acompanhar a situação na Guiné-Bissau, ond e o recente assassínio de um antigo chefe da Armada guineense suscitou protestos .
João Gomes Cravinho afirmou, na altura, manter-se "em permanente actual ização" o plano de contingência para uma eventual retirada de portugueses do paí s, caso se agrave a situação na Guiné-Bissau.
"Tal declaração contraria o espírito que a Guiné-Bissau nutre 'vis-à-v is' dos seus parceiros de desenvolvimento, que nos têm dado valiosa colaboração na busca de paz e da estabilidade social e política, quadro em que Portugal ocup a naturalmente lugar privilegiado, face aos laços históricos que nos irmanam e à s relações de cooperação e de amizade existentes entre os nossos dois Estados", acrescenta o comunicado.
O Governo guineense lamenta igualmente que aquela declaração tenha sido "veiculada através dos media, em detrimento dos canais político-diplomáticos normais".
13.1.07
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