Há tempos, em conversa com um senegalês sobre os porquês da deserção dos seus compatriotas rumo à Europa, ouvi da sua boca:
- O que é extraordinário, na vossa terra, é que a pessoa humana é respeitada. Aqui não!
O orgulho de ser europeu não pode advir de factos históricos, de alegadas superioridades (como alguns tentaram, e continuam a tentar, afirmar). O orgulho de ser europeu deve provir desse respeito pela pessoa humana, que marca a diferença entre a Europa e outras paragens. Por isso (não só, mas também), muitos para lá querem ir viver.
A diferença entre ser africano e ser europeu não está na pele, na condição económica, mas no tratamento, no respeito e na dignidade que uns e outros têm e recebem na sua terra, por parte dos seus pares e, sobretudo, dos seus dirigentes.
Vem isto a propósito da missão que uma delegação do Parlamento Europeu vai organizar a centros de detenção de imigrantes. Que sirva para elevar a qualidade do acolhimento que a Europa dá a quem procura uma vida mais digna, onde a sua pessoa seja respeitada, mas que motivos de políticas injustas não consegue.
24.11.06
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