25.9.07

O ÚLTIMO ADEUS

Vista do ar, Lisboa tem um ar desgraçado e infeliz. Nem o sol brilhante e baixo, de fim de Setembro, desfaz a melancolia que invade cada recanto da cidade onde sou estrangeiro. O pó eleva-se no ar, cinzento de luto. É Outono e Lisboa exibe-se desconsolada e submissa, aguardando que o Inverno a refresque e lave de novo.

A hora da partida chegou. Na bagagem de mão não levo saudade nem marcas. Entrego-as todas antes de partir. Até o bacalhau, desta vez, ficou de fora. Não cabia. Creio (tenho a certeza) que não lhe vou sentir a falta. África. Cá vamos nós outra vez. É bom, muito bom, tornar a partir.

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