21.10.06

O OUTRO LADO DA EMIGRAÇÃO CLANDESTINA II

A crer no destaque dado pelos média portugueses, muita gente ficou admirada com o facto de pelo menos 13 desportistas guineenses não terem regressado ao país, após participação nos Jogos da Lusofonia.

Ora a situação agora relatada pela LUSA não é nova. A novidade talvez seja o número 13. Neste caso número da sorte para estes jovens, que viram na Europa uma oportunidade de fugir às (péssimas) condições de vida que os governantes do seu país lhes oferecem (Oxalá tenham sorte.). E isso não é novidade. E não devia espantar tanta gente. A grandessíssima maioria dos jovens guineenses teria feito o mesmo. E eu, se fosse jovem e guineense, também o faria, porque este é um país que não oferece futuro a quem tem todo o futuro diante dos olhos.

Situações como esta são comuns com jovens. Até mesmo com mais velhos. Lembro-me de há dois anos o representante de determinado ministério a uma determinada Feira na FIL, em Lisboa, ter confessado a um amigo meu, em surdina, antes de partir: "Eu já não volto." Em todos os encontros de juventude no estrangeiro há sempre um número de jovens que lá ficam. Os bolseiros que saem ficam. Os funcionários públicos que participam em acções de formação ficam. Os desportistas que participam em encontros internacionais ficam. Não todos, que sempre existe quem goste da sua terra e queria voltar. Mas uma larga maioria sim.

Os passaportes de trabalho (não sei se é o nome correcto), os vistos de trabalho, de estudo, etc, são o método mais fácil de emigrar e muita gente os utiliza para sair da Guiné-Bissau e de África. Os estados europeus e africanos sabem-no.

Notícia completa para ler AQUI

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi por um processo semelhante que o OBIKWELO, nigeriano, ficou em Portugal.Já uma equipa de futebol junior angolana, ficou quase toda por portugal. Neste momento tambem já se veem portugueses na Europa sujeitos a pessimas condições de trabalho...O mundo dá tanta volta.!antº rosinha