5.12.07

O BOM ALUNO PELAS LUNETAS DE UM MESTRE

Moçambique é um dos chamados bons alunos de África. Um país saído de uma guerra, cuja economia prospera a olhos vistos. Entre 1996 e 2005 a taxa média de crescimento foi de 8,3%.

Mia Couto, um dos mais conhecidos escritores da lusofonia, moçambicano, faz o actual retrato do país.



Os ventos positivos não iludem o também biólogo e jornalista para quem ainda existem diversos Moçambiques.



Mia Couto é um dos signatários da carta publicada há dias, dirigida aos líderes europeus e africanos. Na missiva diversos escritores, entre eles alguns prémios nobel, acusam de cobardia os políticos que vão reunir-se em Lisboa.



Mugabe não escapa às críticas de Mia Couto. O apoio que alguns dirigentes africanos têm dado ao presidente do Zimbábue trai os africanos da região austral.



Se por um lado o escritor não hesita em apontar o dedo a Mugabe e ao seu regime, por outro lado a posição dos dirigentes ocidentais face ao Zimbábue não escapa às críticas de Mia Couto.



Há 15 anos que as armas se calaram em Moçambique. Chissano e Dlhakama assinaram em Roma, em 1992, os acordos de paz que colocavam fim a quase 20 anos de guerra. Hoje Moçambique está diferente para melhor. Quem o visita sente-o e os Moçambicanos também. Existe no entanto um longo caminho a percorrer. No Índice do Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, o país encontra-se na sexta pior posição. Apenas Mali, Níger, Guiné-Bissau, Burkina Faso e Serra Leoa estão poior posicionados.

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