Na Guiné-Bissau é possível que uma pessoa diga "verde" num dia e "vermelho" no outro. É tão normal que poucos questionam o porquê de mudanças tão repentinas de opinião.
Dizia ontem a Associação do Consumidor de Bens e Serviços (Acobes), pela voz do seu presidente, Bambo Sanhá:
Mais de 100 toneladas de arroz impróprio para consumo colocadas no mercado
Hoje, 24 horas depois, o mesmo responsável diz que, afinal:
Arroz estragado está armazenado e não chegou a entrar no mercado - associação de consumidor
Ou o senhor foi irresponsável, e fez declarações antes de ter certezas, ou alguém o levou ao armazém da empresa importadora e lhe deu a provar o grão do cereal.
Casos destes são recorrentes na Guiné-Bissau, que se tornou - dizem os próprios bissau-guineense - no caixote de lixo alimentar da África Ocidental. Atitudes destas minam a credibilidade de associações como a ACOBES, que poderia ser um espaço de alerta para situações semelhantes futuras.
O arroz pode até já estar dentro das normas... as palavras de Bambo Sanhá estavam, estão e estarão estragadas de certeza (para sempre).
5.5.08
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