18.7.08

SEM VODKA NOS REACTORES

Freetown tem a ligá-la às capitais da região uma amostra das melhores Air-Maybe do mundo (Elysian, Slot, Paramount, Orange, Teebah, entre outras companhias aéreas daquelas que aparecem e desaparecem como as nuvens no céu). Mas o que faz ter mesmo medo na viagem até à capital da Serra Leoa, a partir de Conakry, é a ligação do aeroporto à cidade.

O riso nervoso da senhora de uns dos vídeos abaixo dão-me inspiração para umas palavras sobre Freetown e essa coisa de subir no céu sem se saber como se vai aterrar (se suavemente, se bruscamente).

A cidade é servida por um aeroporto que fica do outro lado da baía. Quando os ingleses o construíram certamente pensaram que ficariam ali para sempre ou que o país nunca viveria convulsões que impedissem de fazer uns bons 80 km de estrada entre a capital e Lungui. Assim não quis a história que acontecesse e hoje a viagem que mais custa fazer não é a que liga qualquer cidade do mundo a Freetown, mas sim a que liga o aeroporto a Freetown.

Por estrada, 5 horas podem não ser suficientes. Felizmente há alternativas marítimas, mas elas não são muito mais rápidas que a viagem de automóvel.

O último recurso são os helicópteros, uns MI-8 russos, tripulados por… russos (provavelmente os únicos que sabem operá-los), que em 15 minutos ligam a cidade e o aeroporto. Em Freetown diz-se por brincadeira que enquanto houver vodka na cidade não haverão mais acidentes como o de 4 de Junho de 2007.

Eu, por mim, continuo a preferir a estrada para chegar à capital da Serra Leoa. Sou eu que conduzo e não preciso de vodka nos reactores.



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